Para uns, a saída é anotar na agenda. Para outros, uma maratona sexual é a estratégia para expulsar o tédio da relação. Mas especialistas alertam: alta frequência nunca foi – nem será – sinônimo de satisfação na cama
Que a internet se transformou num imenso banco de dados sobre bizarrices sexuais e no ambiente mais propício para indiscrições sobre a vida íntima de casais, não há dúvidas. Dias atrás, a rede tornou pública a história de dois italianos que decidiram fazer do banheiro de uma loja o reduto para uma escapulida fora do casamento. Mas os amantes precisaram ser socorridos por médicos, pois a mulher teve uma cãibra e os dois não conseguiram se desgrudar. Detalhe: quem chamou o socorro foi o marido traído. Outro inusitado episódio de infidelidade ocorreu num voo entre a Índia e Londres, em que um homem aproveitou que a namorada dormia para fazer sexo com outra passageira. O resultado foi um barraco a 9 mil metros de altitude, que só terminou em terra firme numa delegacia de polícia. Tais casos provocam muitas risadas, mas também algumas reflexões sobre o sexo e a vida conjugal. A principal delas: a cama estaria muito mais morna do que o desejável, sobretudo nos relacionamentos longos.
Talvez seja essa a razão que tenha levado a americana Charla Muller propor ao marido, Brad, como presente de 40 anos, fazer sexo todos os dias durante um ano.
– Ele literalmente caiu de costas. Ficou tão surpreso que tropeçou no caminhão de bombeiros de nosso filho, que estava no chão, no meio do caminho da sala de tevê, e aterrissou em sua cadeira de couro – conta Charla, no livro 365 noites: resgatando o sexo no casamento, um relato sobre a maratona sexual.
Na verdade, o casal não fez sexo durante 365 dias, mas atingiu a marca de 26 a 28 dias por mês. As únicas interrupções, discutidas antes do início da empreitada, foram quando um deles esteve viajando a trabalho ou quando um dos dois se negou a fazer, por cansaço excessivo ou doença. O objetivo – de reaproximar o casal – foi bem-sucedido, segundo a autora.
Sim, a frequência sexual é apontada como um dos ingredientes que podem apimentar a vida conjugal, o que não quer dizer necessariamente que a razão tempo/número de relações sexuais deva ser igual para todos os casais. E nem que uma maratona seja uma estratégia garantida de sucesso.
– A maratona sexual pode ser algo que leve o casal a reacender o interesse mútuo. Contudo, para que haja a realização dessa ou de outra fantasia sexual, é preciso ter diálogo, intimidade e respeito – acredita a psicóloga Claudiene Santos.
Na opinião dela, a proposta de sexo diário pode ser tanto estimulante quanto causar temores ou desconforto, inclusive para casais recém-formados. O principal problema não é quantas vezes o casal faz sexo por semana ou por mês, mas, quando um dos dois gostaria de fazer mais ou menos. Essa é uma das queixas mais frequentes no consultório da psicóloga e sexóloga Carla Cecarello, coordenadora do projeto Ambulatório de Sexualidade (AmbSex).
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Um comentário:
eu acho q se os dois qserem ,tudo bem mas só não pode fazer sexo só pq um qr!
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