A osteoporose pode ser definida como osso poroso e é uma doença que se caracteriza pela baixa densidade do esqueleto, resultante da perda gradual e contínua do cálcio armazenado nos ossos. A doença é menos comum no homem do que na mulher e atinge principalmente pessoas idosas. Isso porque uma descalcificação óssea acontece naturalmente com o envelhecimento, fazendo com que os ossos percam sua rigidez normal e se tornem menos resistente a traumas, ficando, por consequência, mais vulneráveis a fraturas, especialmente no colo de fêmur, coluna vertebral e punho.
Segundo dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população brasileira vem envelhecendo nos últimos anos. A incidência desta doença deve, então, crescer no Brasil.
Mauro Scharf, endocrinologista, diz a osteoporose é uma doença silenciosa e não apresenta sintomas até que aconteçam as fraturas ósseas. "Como normalmente os pacientes só percebem que têm a doença quando acontece a primeira fratura, é pouco comum conseguirmos um diagnóstico precoce, que seria feito pela densitometria óssea, avaliação clínica e pesquisa dos fatores de risco", alerta o médico.
Scharf explica que a densitometria óssea avalia a densidade dos ossos, em especial a coluna, o quadril e os pulsos. É um exame com baixa exposição à radiação, que não provoca dor ou desconforto. Ele consegue identificar sinais precoces de osteoporose ou de enfraquecimento ósseo. A Fundação Americana de Osteoporose recomenda a realização da densitometria óssea de forma preventiva principalmente para mulheres acima de 65 anos, com menopausa precoce ou pós-menopausa, em uso de medicamentos corticóides, com diabetes tipo 1, doença hepática, renal ou de tireóide.
O médico diz que também é recomendada para a terceira idade a realização de avaliação clínica rotineira e de hemograma, provas de atividade inflamatória, eletroforese de proteínas, cálcio, fósforo, fosfatase alcalina e cálcio na urina de 24 horas. Esses exames possibilitam afastar as causas mais comuns de doenças que podem causar osteoporose como mieloma múltiplo, hiperparatiroidismo, osteomalácia, hipercalciúria, algumas anemias, doenças reumáticas e neoplasias. O cálcio na urina de 24 horas, além de informar sobre outras causas, possibilita avaliar o balanço de cálcio.
Para prevenir a doença, Mauro Scharf dá as seguintes dicas: a primeira é a alimentação rica em cálcio. O recomendado é 800 mg/dia para adultos jovens e 1.500 mg/dia para idosos.
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