A entrada da mulher no mercado de trabalho acarretou dezenas de mudança para a vida empresarial. A rivalidade entre homens e mulheres existe, e precisa ser controlada em prol da saúde das instituições. Mas essa estabilidade é alcançada? Como as mulheres reagem a essa disputa?
Com o avanço da mulher no mercado de trabalho é cada vez mais comum o fato de que homens e mulheres disputam as mesmas vagas em situações de promoção. Nessas situações, as mulheres levam uma grande desvantagem, pois acreditam que seu trabalho, seu desempenho e suas competências falarão por elas. Segundo Rhandy Di Stefano, Diretor da ICI - Integrated Coaching Institute, um dos mais importantes especialistas em coaching do Brasil, devido a fatores sociais, as mulheres esperam que seu trabalho seja reconhecido, enquanto que os homens buscam demonstrar a importância do que fazem.
"Na vida real, o chefe muitas vezes está tão atolado de responsabilidades que não tem tempo para ver o bom trabalho das mulheres, a não ser que alguém o mostre pa
ra ele. Assim, muitas mulheres perdem a promoção que gostariam e se sentem injustiçadas. Isso se deve a crenças antigas no paternalismo da sociedade e deveria exigir das mulheres uma postura mais pró-ativa quando o assunto é mostrar os resultados de seu trabalho", explica.
Autor de vários livros sobre coaching, entre os quais "O Líder-Coach: Líderes criando Líderes", lançado pela Editora Qualitymark, Di Stefano acredita que as mulheres, devido a tradições sociais, são preparadas desde cedo para gerenciar o ambiente familiar, uma habilidade que estão transferindo para o mercado de trabalho com relativo sucesso. No entanto, Di Stéfano alerta que esta mesma habilidade de lidar com pessoas e relacionamentos acaba levando muitas mulheres a supervalorizar o lado pessoal:
"O risco dessa situação é tomarmos como pessoais comentários profissionais, como críticas ou sugestões. O coaching pode ajudar as mulheres executivas a conseguir diferenciar melhor o profissional do pessoal, para que elas não se deixem afetar tanto pelo estilo masculino do mundo corporativo", assinala.
Segundo Di Stefano, único instrutor de curso de formação de coaching no Brasil credenciado pela ICF - International Coach Federation, as mulheres executivas enfrentam problemas, também, no que diz respeito às expectativas que elas provocam em funcionários subordinados.
"Muitos empregados acreditam que, por terem mulheres como chefes, terão um tratamento mais maternal, o que provoca rebeldia quando percebem que a chefe mulher os trata com a mesma firmeza que o chefe homem. O homem quando é firme é elogiado. A mulher quando é firme é chamada de agressiva. Assim, ela vai ter que fazer um forte trabalho interno para limpar dentro de si mesma a sua ideia de seu papel como executiva e saber lidar com as críticas externas, para não se deixar manipular", enfatiza.
Para o Diretor do ICI, em alguns casos vemos a situação oposta: para se posicionar e ganhar respeito, algumas mulheres adotaram atitudes muito duras e acabaram se tornando mais duras com a equipe do que os próprios chefes homens.
"Nestes casos, o coaching pode ajudar a restabelecer um equilíbrio, mantendo os elementos que funcionam e trazendo de volta o toque mais humano e harmônico que é inerente às mulheres. No passado, em empresas mais autoritárias, talvez isto fosse visto como sinal de fraqueza. Hoje já estamos percebendo que é uma vantagem, pois gera equipes mais integradas", explica.
Fonte: http://www.incorporativa.com.br/
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