Dicas de sexo seguro para lésbicas e bissexuais

Dicas de sexo seguro para lésbicas e bissexuais.

“À maioria das mulheres que se identifica como lésbica – quer tenha ou não dormido com homens, coloca-se em risco de doenças sexualmente transmissíveis” quando pratica sexo sem proteção, afirma Jill Dispenza, Diretor do Centro Prevenção e Testes de HIV/DSTs em Chicago.

Uma pesquisa realizada em 2003 demonstrou que as lésbicas norte-americanas se acreditam imunes às DSTs pela “ausência de riscos” ou pelo sua existência em grau bem inferior. Desse modo, a prática do sexo seguro acaba sendo negligenciada por essas mulheres. E a situação não é muito diferente no Brasil .


O Sexo Oral…

É notório que o sexo oral representa uma deliciosa parte da atividade sexual lésbica, mas é importante saber que, através dele, podemos transmitir AIDS, Hepatite B, Sífilis, HPV, Herpes Genital, entre outras doenças.

A recomendação dada pelos(as) ginecologistas é de que utilizemos algum protetor para evitar contato com as secreções e tecidos – camisinha ou plástico fino (conforme já informado anteriormente aqui).

Os Brinquedinhos

Os famosos “brinquedinhos” que apimentam a relação e enriquecem as “modalidades” de gozo, também podem servir de veículo transmissor das doenças sexualmente transmissíveis pela partilha de fluidos.

O ideal, segundo especialistas, é que não se compartilhe o vibrador, contudo, considerando a possibilidade de se tratarem de parceiras fixas, pode-se utilizar preservativo para a penetração. Mas, nunca reutilizar o mesmo preservativo em ambas as pessoas.

Vale lembrar que o preservativo deve ser trocado quando for penetrar em localidades diferentes (da vagina para o ânus/ do ânus para a vagina/ de onde a criatividade permitir para onde o corpo deixar…).

Cuidados com a flora vaginal

A vagina é um ambiente perfeito para a presença de lactobacilos e de algumas espécies de bactérias. Ocorre que o aumento exagerado de certas bactérias, por causas orgânicas, pode acarretar o surgimento de um corrimento vaginal, muitas vezes na cor amarela, branca ou cinza, que possui um cheiro desagradável (lembrando o odor de peixe). Trata-se de uma possível vaginose ou vaginite que, embora não seja considerada uma DST, pode aumentar e muito a chance de adquirir uma doença sexualmente transmissível e acarretar infecção nas trompas ou no útero.

O uso de duchinhas e de produtos químicos que causam irritação e desconforto à vagina são práticas que devem ser evitadas para prevenir o aparecimento das vaginites.

Preventivo!

Já que a mucosa vaginal tem uma capacidade bem maior de absorção (em relação à mucosa peniana), além de ser mais propensa a traumas, isso aumenta bastante as chances de uma mulher contrair AIDS ao se relacionar com uma pessoa portadora do vírus. Portanto, mais um motivo para manter os exames em dia! O HIV é detectado através de um exame específico de sangue, mas é com o exame preventivo que o (a) médico(a) verifica a possibilidade de existência de câncer ginecológico, assim como pode detectar também outras infecções.

A verdade é que as lésbicas têm questões de saúde diferenciadas que exigem sim um atendimento específico, mas à maioria delas não se sente confortável para informar ao seu (à sua) ginecologista sobre a sua sexualidade.

Nos EUA, já existem listas de médicos especializados no atendimento de garotas que gostam de garotas e, mesmo assim, as pacientes ainda evitam falar sobre sua orientação. Dr(a) Patricia Robertson, disse que “as pacientes lésbicas hesitam em revelar sua orientação sexual, ainda que os cuidados de saúde precisem dessa informação para uma orientação correta”.

Portanto, é preciso manter a conversa franca com o(a) médico(a) de sua confiança. Se iniciou a vida sexual agora ou precisa esclarecer alguma dúvida, vale marcar uma consulta ginecológica para se orientar, já que, se o Sexo é bom naturalmente, feito de forma saudável, fica mais gostoso ainda!

Fontes: 365gay e Ministério da Saúde.




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