Muito se fala sobre o possível ponto G feminino, uma pequena área erógena de grande sensibilidade e que pode ser estimulada por meio da parede anterior da vagina. Já a discussão sobre a existência do ponto G masculino não é tão ampla assim, pelo menos fora do universo científico, talvez pelo fato de o assunto causar preconceito na maioria dos homens devido à relação com a penetração anal.
Supõe-se que o tal ponto do prazer fique na parede anterior do reto, em frente à glândula prostática. Ou seja, um lugarzinho de "difícil acesso" para muita gente. "Para localizar esta região, ao introduzir o dedo no ânus, na parede anterior (em direção ao pênis) na profundidade de 2 a 3 cm, é palpada uma elevação do tamanho de uma noz (a glândula prostática)", disse o urologista, sexólogo e terapeuta sexual Celso Marzano, diretor do Centro de Orientação e Desenvolvimento da Sexualidade (Cedes).
A penetração anal faz com que muitos homens não queiram nem pensar no tal ponto estimulante, por conta da ligação direta com práticas homossexuais e do medo de que sua masculinidade seja testada. E aí, realmente, é um passo para estragar o prazer. "Qualquer sentimento negativo bloqueia a resposta sexual e pode perder o desejo, a excitação e a ereção, e inibir o orgasmo. Se houver qualquer inibição, o prazer também é diminuído ou totalmente interrompido", afirmou Marzano. O medo inibe até as necessárias consultas médicas para prevenção do câncer da próstata.
Manipulação
E é bom ficar claro que uma pessoa só é considerada homossexual quando sente atração por outra do mesmo sexo e não pelas regiões do corpo que permite tocar. Não fosse assim, o garanhão Charlie (Charlie Sheen), da série Two and a Half Man, não deixaria indícios de que se beneficia dos toques na região, sem o menor problema. Em um dos episódios, sua namorada chega a comentar que está com dor no dedo.
Os dedos ajudam no prazer, mas a manipulação sexual pode ser realizada também com plugs anais e acessórios como dildos (pênis artificiais), de maneira suave. Segundo o sexólogo, o resultado não é necessariamente um orgasmo diferente, assim como não há garantia de que vá atingi-lo. As sensações são individuais e difíceis de serem avaliadas e quantificadas.
"A próstata tem terminações nervosas sensíveis ao toque, o que pode resultar numa ereção. Mas isto não significa que o homem esteja psicologicamente e sexualmente excitado", disse a ginecologista e sexóloga Carolina Ambrogini. Marzano também faz questão de desmentir a ideia de que a próstata cresceria e se transformaria em um tumor por conta da massagem estimulante.
Lubrificação
Para facilitar a penetração e evitar que o atrito ocasione lesões, o uso de um lubrificante é indispensável. A dica é apostar em algum gel à base de água. A saliva é uma opção, mas geralmente insuficiente em quantidade.
Vale dizer que os cremes ou óleos à base de vegetais ou minerais (vaselina, creme hidratante, manteiga, creme de barbear) não são adequados quando há penetração do pênis no ânus, porque aquecem e fazem distender o látex da camisinha, provocando o seu rompimento, além da possibilidade de dilatar os poros do produto e permitir a passagem do HIV para a mucosa anal.
Zonas erógenas
No corpo humano, há certas zonas que são apontadas como sendo particularmente sensíveis à estimulação erótica. As mais conhecidas dos homens são mamilos, pênis e as nádegas (em menor grau). A lista das mulheres conta com seios, nádegas, vagina e, principalmente, o clitóris.
No entanto, a pele toda pode ganhar uma expressão sexual, dependendo do momento em que o toque se realiza e da pessoa que o faz. De acordo com o sexólogo, regiões aparentemente neutras, como as mãos e os pés, podem ser erotizadas a tal ponto que chegam a produzir orgasmos.
Mulher
O ponto G feminino recebeu esse nome em homenagem ao médico alemão Ernst Gräfenberg, o primeiro a estudá-lo. Fica atrás do osso púbico, perto do canal da urina, e é acessível por meio da parede anterior da vagina. Existe uma grande discussão sobre sua existência, mas, segundo especialistas, é uma área mais sensível e que vale a pena ser explorada.
Especial para Terra / Patrícia Zwipp
[Fonte]
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