Entre as infindáveis técnicas de rejuvenescimento e tratamentos dermatológicos que prometem deixar a pele sempre bonita e com aparência saudável, uma tem chamado a atenção de quem procura o bem-estar. Agora, nova tecnologia vem auxiliar os tratamentos estéticos em todo o corpo. A radiofrequência aproveita-se das ondas eletromagnéticas que aquecem a derme, estimulando a pele.
Segundo a especialista em Fisioterapia Dermato Funcional Estética, Maísa Antunes de Souza Santos, o tratamento alcança as camadas mais profundas da pele, a derme, estimulando a síntese substâncias naturais, necessárias à modelagem e firmeza da pele. “As ondas alcançam a derme, estimulam a síntese de colágeno, ajudam na remodelação e diminui o tecido gorduroso e o aspecto de ‘casca de laranja’, a celulite”.
O tratamento vai de acordo com as linhas de tensão da pele. São feitos movimentos circulares e lentos, para alcançar o aquecimento ideal, que tem a função de reorganizar as fibras de colágeno e estimular a circulação local. “Melhorando a oxigenação, previne a flacidez e recupera o colágeno antigo, que, com o passar do tempo, vai ficando mais fraco. Há pacientes que não querem se submeter a uma cirurgia, por ser mais agressiva, além dos riscos com a anestesia, problemas de rejeição e dores. A radiofrequência fortalece esse colágeno e, por não ser um tratamento doloroso, permite ao paciente ficar mais relaxado”, conta Maísa.
“Nenhum medicamento age diretamente no colágeno como esse tratamento, nem mesmo o Botox. A partir dos 30 anos, vamos perdendo, em quantidade e qualidade, esse colágeno natural. Mas com o tratamento preventivo, a pessoa irá garantir uma melhor qualidade da pele. Como o colágeno não se repõe com facilidade, o ideal é a prevenção, que irá diminuir a necessidade de cirurgias”, completa.
A quantidade de sessões para a aplicação da técnica varia de acordo com a idade. Para Maísa Antunes, o mínimo sugerido são dez sessões, duas vezes por semana. “Depois é só fazer a manutenção, porque não é como vacina, que depois de tomar torna-se imune por um.
À medida que a pessoa faz o tratamento, obtém um resultado cada vez melhor”, explica. E ela revela que o resultado final é percebido, em média, de 4 a 6 semanas após a última sessão, dependendo apenas do que é buscado pelo paciente e de alguns fatores externos. “Se o paciente fuma, toma muito café e tem a pele descuidada, o ideal é trabalhar a qualidade dessa pele, revitalizando-a com cremes para proteger e hidratar o tecido, auxiliando no tratamento”, completa.
A fisioterapeuta informa que a radiofreqüência serve para todos os tipos de pele, não causando hematomas nem descamações. Por isso não há restrições para a sua aplicação. Segundo ela, só é contraindicada na gravidez, em casos de mulheres com colagenase, um enzima que age na eliminação das fibras de colágeno natural.
“No rosto, esse tratamento serve para amenizar a flacidez, diminuir rugas e linhas de expressão. No corpo, auxilia na perda de celulite e gordura localizada, como, por exemplo, a flacidez interna de coxa e tríceps, que é o músculo do ‘tchauzinho’, difícil de perder, mesmo com a academia. Ele vem complementar a atividade física ou o pilates”, destaca a fisioterapeuta.
Cada sessão dura em média 40 minutos. Por não promover nenhuma descamação na pele, como o peeling químico, não possui nenhuma restrição relacionada às estações do ano ou condições do tempo. “Na verdade, pode ser feita a qualquer momento. Nesta época, especificamente, o interessante é poder associar a técnica ao peeling de cristais, que faz uma esfoliação superficial, com o objetivo de clarear e amenizar as linhas finas de expressão”. Maísa, porém, não deixa de alertar para o cuidado com o sol. “Não se esquecer de passar o protetor solar e evitar a exposição excessiva são boas maneiras de evitar a perda de colágeno e, consequentemente, o envelhecimento precoce”, conclui.
Fonte: Jornal da Manhã
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