Dicas para você passar em Concurso público

Ser aprovado em concurso público ainda é sonho de muita gente. O estudante Felipe Silveira de 22 anos que o diga. Declarado "concurseiro" (gíria usada para identificar os estudantes de concurso), ele se dedica diariamente à rotina para alcançar seu objetivo: ingressar na Polícia Federal (PF). Felipe já fez cursinho preparatório para o concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e passou. Na época chegava a estudar 13 horas por dia. "Quando traçamos um objetivo, temos que ir até o final", define.

Para alcançar o tão sonhado cargo, algumas vezes é necessário abrir mão do lazer. Para Denis Brito, coordenador do cursinho preparatório do Tiradentes Concursos, a rotina de quem quer êxito em processo seletivo para trabalhar em órgão público chega a ser árdua. Muitas vezes o candidato deve abrir mão de sua vida social, deixar de sair mesmo nos finais de semana. "No final vale a pena", garante Denis.

Alguns candidatos dividem seu tempo de estudo com o trabalho. São pessoas que não podem abdicar do emprego para se dedicar apenas aos estudos. Conforme Denis Brito, se a pessoa que trabalha quiser mesmo ser aprovado em concurso terá que estudar madrugada adentro e tentar fazer um cursinho. "O candidato que não trabalha terá mais vantagem que o empregado por ter mais tempo para se dedicar", explica Denis. "Tudo depende do aproveitamento, da concentração e do método de estudo do candidato", adverte.

Atualmente Felipe Silveira estuda apenas em casa e recorda o que aprendeu no cursinho. Ele passa de quatro a cinco horas por dia estudando. "A semana toda me dedico ao estudo. O sábado à tarde e o domingo é que separo para o lazer". Tendo outra ocupação ou não, persistência e disciplina são fundamentais para quem está decidido a passar em concurso.


Cursinhos Preparatórios

As aulas em cursinhos preparatórios também são muito importantes para quem quer passar em concurso público. Conforme Denis Brito, coordenador do Tiradentes Concursos, há cerca de três anos tem aumentado muito a procura pelas aulas. Ele atribui isso à política de concursos que o Governo está adotando. Só no ano passado, o governo autorizou 43.044 vagas, e em 2007 foram mais 14.267 postos disponibilizados.

Para o coordenador do FB Concursos, Fabiano Távora, as posições mais procuradas são nos Tribunais e o na Polícia Federal. Os cursinhos da cidade trabalham com apostilas próprias e contam com didática específica para fazer o aluno passar. Provas simuladas e aulas aos domingos são algumas das táticas. "Quanto mais o aluno estudar, melhor", afirma Fabiano.

A estudante Cintia Matias estuda para o concurso do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Está terminando agora o cursinho preparatório e dedica de duas a três horas dos seus dias para os estudos. O cursinho proporcionava aulas aos sábados e domingos pela manhã. "Quando saía à noite tinha que voltar cedo para ter disposição de ir às aulas", comenta.


Cortes não atrapalham
O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog), Paulo Bernardo, anunciou no dia 19 de março, o corte de R$ 21,6 bi no Orçamento Geral da União. Diante desse corte, seria autorizada a realização de concursos apenas dos ministérios que têm mais urgência em contratar profissionais. Consequentemente, concursos muito aguardados como o da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Receita Federal teriam um pouco de atraso na liberação. De acordo com Denis Brito, coordenador do Tiradentes Concursos, essa decisão não atrapalhou em nada. "Os candidatos acharam bom, pois como são muitas matérias para estudar, eles terão mais tempo para se preparar", afirma.

Preparação conforme a bancada organizadora
Os cursinhos trabalham a preparação do aluno de acordo com a bancada organizadora do concurso. Segundo Boni Oliveira, diretor do curso Master, cada organizadora tem um estilo próprio de elaborar a prova. Três delas se destacam dentre as cinco principais: Esaf, considerada a mais difícil, atua mais na seleção para área fiscal; Cespe, usa muita "casca-de-banana" e "pegadinhas", questões típicas para enganar o candidato, e cada questão errada anula uma correta; e Carlos Chagas, usa mais a "letra da lei", constituição ao pé da letra, "é bem decoreba".

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