Ao fazer as unhas, higiene e proteção

Se você costuma frequentar o salão de beleza, pode ter passado por uma situação dessa. A manicure, tentando tirar um pouco mais da cutícula das suas mãos ou dos pés, acaba cortando um tremendo “bife” e ainda age como se nada tivesse acontecido. Você chega a dar um grito, mas se sente constrangida. A cena é tão comum dentro de um salão de beleza que já virou rotina. E é a partir dessa situação que muitos assuntos podem ser abordados.

O primeiro é que a cutícula não precisa ser retirada completamente. Os dermatologistas afirmam que parte dela deve ser preservada, e que o indicado é empurrá-las e retirar apenas o excesso. Outro ponto que pode ser tratado é a importância de os profissionais usarem materiais de proteção, como luva e máscaras cirúrgicas. Mas o que desperta maior atenção na cena citada é a higiene dos instrumentos. Lixas das mãos e dos pés, serrinhas, empurradores de cutícula, palitinhos de madeira e escovinhas devem ser descartáveis. Os materiais cortantes, como alicates e tesouras, precisam ser esterilizados em estufa ou autoclave. A Anvisa estipula que os instrumentos passem por um calor de 150° durante uma hora.

Caso o material não seja higienizado adequadamente, a cliente corre o risco de contrair micoses e infecções. A secretária Daniele Bezerra, 37, não dava muita atenção a esse assunto até contrair fungo nas unhas. “Levei uns seis meses fazendo o tratamento para ficar boa. Lembro que não podia nem pintar a unha. A partir disso, resolvi montar meu próprio kit de manicure”, relembra. O dermatologista Walter Pinheiro comenta que o tratamento de fungos nas unhas é um dos mais longos na dermatologia. “Varia entre seis meses a um ano de tratamento. O paciente precisa usar um remédio tópico e oral, dependendo da situação. Além disso, são geralmente caros”, acrescenta Pinheiro.


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